Com o crescente uso de fontes de energias renováveis hoje nos países, além da tão necessitada descarbonização do setor elétrico mundial, outro ótimo resultado tem se obtido com a ampliação de seus mercados: a geração de empregos.
Segundo o relatório anual da International Renewable Energy Agency (Agência Internacional de Energia Renovável, ou IRENA em inglês), intitulado Renewable Energy and Jobs – Annual Review 2018, as fontes limpas de energia empregam, atualmente, 10,3 milhões de pessoas mundialmente.
E, dentre essas fontes, que incluem a eólica, hídrica e biomassa, entre outras, a solar fotovoltaica é quem lidera a lista com 3,4 milhões de profissionais no mundo, tendo apresentando um crescimento de 8,7% em 2017 ante o ano anterior.

Esse aumento não vem como surpresa quando consideramos o desempenho recorde que a fotovoltaica apresentou em 2017, quando foram instalados novos 94 gigawatts (GW) da tecnologia, puxado pela China e seus 53 GW instalados.
O país, que conta com uma capacidade instalada total da fotovoltaica de mais de 110 GW, responde por 65% de todos os empregos solares, com 2,2 milhões de profissionais em atuação hoje, um crescimento de 13% em relação a 2016.
Em um distante segundo lugar vem o Japão, com 272 mil de empregos no setor solar, seguido pelos Estados Unidos em terceiro, com pouco mais de 240 mil. Ambos países, no entanto, apresentaram queda em relação a 2016.
Índia e Bangladesh vem, respectivamente, em quarto e quinto lugar, com o forte crescimento da fotovoltaica no território indiano puxando o número de empregos para 164 mil em 2017.
Juntos, esses cinco primeiros países respondem por 90% de todos os empregos solares. E, por concentrar as maiores cadeias produtivas, a Asia, sozinha, agrupa 3 milhões desses empregos.

O Brasil, onde a fotovoltaica têm crescido anualmente, é mencionado no relatório entre os países que mais contratam com renováveis, ao lado da China, EUA, Índia, Alemanha e Japão.
Com 500 mil novos empregos criados em 2017, um crescimento de 5,3 % em relação a 2016, as renováveis seguem como uma forte tendência para o futuro e, segundo estimativas da IRENA, poderão criar até 28 milhões de novas vagas até 2050.