Com Investimentos Nacionais e Estrangeiros, Empresa Brasileira Anuncia Grande Expansão de Usina Solar em Paraíba

A energia solar fotovoltaica cresce no Brasil através de dois segmentos distintos: geração centralizada pelas grandes usinas solares e a geração distribuída através dos sistemas fotovoltaicos instalados em casas, empresas, agronegócios, etc.

Dos 1,6 gigawatts de energia solar (GW) instalada no país até junho deste ano, 1,3 GW  são de projetos centralizados e 0, 3 GW são distribuídos, aproximadamente, segundo o boletim mensal divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Percebe-se, então, que o segmento centralizado tem papel crucial para a expansão da tecnologia no país, visto que os altos volumes de energia demandam projetos que puxam toda a cadeia produtiva do setor solar brasileiro.

Com mais desses projetos sendo contratados nos leilões de energia nova do governo, estima-se que até 2040 a energia solar, junto com a fonte eólica, representem 40% da matriz energética do Brasil.

Localizado no deserto da Paraíba, o complexo solar Coremas é uma dessas usinas e deverá receber uma expansão de 210 GW, segundo comunicado da empresa responsável pelo projeto, a brasileira Rio Alto Energia, parte do conglomerado Grupo Rio Alto. 

O complexo consiste atualmente em três unidades: os Coremas I, II e III, de cerca de 30 megawatts (MW) cada, que foram selecionados nos três primeiros leilões de energia renovável, realizados pelo governo entre 2014 e 2015.

Segundo o comunicado, as sete novas usinas, também de 30 MW cada, já estão com seus projetos prontos e aprovados pelas autoridades locais, bastando ter sua capacidade leiloada em futuros certames para que sejam construídas.

Para isso, os projetos contam com financiamentos de bancos locais, como Banco do Nordeste e Banco BTG Pactual, além de apoio da União Europeia, informou a empresa, embora os valores não tenham sido divulgados.

Projetos desse porte, no entanto, demandam altos investimentos e muita mão de obra. Segundo cálculo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), para cada novo megawatt instalado são criadas entre 25 a 30 vagas de trabalho, ou seja, no mínimo 5.250 novos postos de trabalho deverão ser criados pela expansão de Coremas.