Com a inflação energética não dando trégua ao bolso dos brasileiros e a luz do sol brilhando forte todos os dias em nosso país tropical, não é difícil perceber como a tecnologia de geração elétrica pela solar irá dominar no país.
Um anúncio disso foi a divulgação de que tecnologia já tinha acumulado, até o começo de julho, 300 megawatts (MW) gerados de forma distribuída nos telhados brasileiros através dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede (On-Grid).
Essa marca inédita e histórica é o reflexo do crescimento vertiginoso no número desses micro e minigeradores instalados no país, saltando de apenas 2 sistemas em 2012, para mais de 32 mil deles até agora.
Para termos uma noção de quanto a energia solar desponta no segmento de geração distribuída em relação as demais fontes renováveis, de todos os sistemas instalados no país, 99,4% deles geram energia limpa através da luz do sol.
E esse número não para de subir. Dia a dia, mês a mês e ano a ano, são mais brasileiros que optam por fugir da crise em nosso sistema elétrico, que trouxe, desde 2012, uma inflação de 499% na conta de luz, a quinta já mais cara do mundo.
Quem mais sofre com esses aumentos são os consumidores de energia residencial, e como não poderia de ser, são eles também quem mais apostam nessa tecnologia para economizar até 95% na conta de luz, assim como contribuir em sua parte para a sustentabilidade do país.
A energia solar residencial representa 76,9% do total gerado no país, enquanto as empresas e comércios, próximos do ranking, vem em um distante segundo lugar com 16,2%.
Produtores e empresas rurais vem em terceiro lugar com 3,4% dos sistemas. Embora ainda seja pouco, a energia solar fotovoltaica rural é uma que vem despontando no país, puxada por boas linhas de financiamento específicas do setor.
Indústrias (2,5%), poder público (0,8%), serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%) fecham o ranking dos segmentos em que a tecnologia fotovoltaica se faz, cada vez mais, presente no país.
Todo esse crescimento da energia solar no Brasil foi iniciado 2012, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) criou as regras do segmento distribuído através da sua Resolução Normativa 482, que trouxe o sistema dos créditos energéticos.
É esse sistema, chamado de compensação de energia elétrica, que permite com que o consumidor consiga gerar toda a energia que consome com o seu sistema, mesmo este apresentando momentos sem geração (à noite).
E foram através desses créditos também que, em 2015, a agência criou 3 novas modalidades de geração, expandindo o leque de consumidores gerando sua própria energia, como moradores de prédios e condomínios.
Para o futuro a previsão do tempo no setor é uma só: muito céu claro e luz do sol, com estimativas apontando para 886.700 consumidores beneficiados pela solar até 2024.
Tudo aponta para este cenário. Com a expansão da tecnologia, o preço dos equipamentos cai e já apresenta uma redução de 75% nos últimos dez anos.
Incentivos fiscais são outra vantagem para os clientes da fotovoltaica, como a isenção de ICMS sobre a energia gerada e redução no valor do IPTU para quem instala o sistema em sua casa.
Com 82% milhões de consumidores de energia elétrica no país, ainda temos um longo caminho pela frente mas, se depender da força dos investimentos e atuação de empresas do setor, os brasileiros serão cada vez mais movidos por energia solar.
Fonte de informação: Canal Energia – Site