Com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil também foi destaque na geração de empregos entre seus setores renováveis.
Foram aproximados 1,12 milhões de trabalhadores em 2018, segundo o estudo anual da Agência Internacional de Energia Renovável (International Renewable Energy Agency, ou IRENA na sigla em inglês).
A maioria deles, entretanto, estão localizados entre os subempregos gerados pelos setores de biocombustíveis líquidos, especialmente no cultivo da cana-de-açúcar, que registrou 217 mil trabalhadores em 2017.
As vagas criadas no setor hídrico somaram 203.000, colocando as hidrelétricas como segundas maiores empregadoras em 2018.
O mercado de aquecimento solar, estruturado no país muitos anos antes que a tecnologia dos sistemas fotovoltaicos, registrou 41.000 trabalhadores.
Segundo a IRENA, no entanto, o número representa uma queda de 1,1% em comparação ao ano de 2017.
O setor eólico do país, quinto maior do mundo, registrou 34.000 empregos em 2018.
A maioria deles está localizado na região Nordeste, onde concentram-se os parques de aerogeradores, mas falta mão de obra qualificada.
No segmento de energia solar fotovoltaica, o país registrou 15.600 trabalhadores em 2018, o maior crescimento entre as renováveis na comparação com 2017, afirmou a IRENA.
A maioria das vagas de trabalho estão registradas no mercado de geração distribuída, que em agosto alcançou a marca de 1 Gigawatt de capacidade instalada.
Com o forte crescimento das instalações de sistemas solares residenciais e comerciais, o mercado hoje atrai milhares de profissionais em busca de boas remunerações.
A maior demanda hoje é por instaladores de sistemas fotovoltaicos On-Grid, responsáveis por transpor o projeto do papel para o imóvel.
A facilidade de capacitação técnica através de cursos de para instalação de energia solar, aliada a possibilidade de ganhos de até 5 mil por instalação, tornaram essa profissão o sonho de muitos brasileiros.
E, com os novos números de instalações registradas até este ano, que já superam o total conectado em 2018, as previsões são otimistas para quem quer trabalhar com energia solar.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), deverão ser criados cerca de novos 15.000 postos de trabalho em geração distribuída solar neste ano.