Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), neste mês o Brasil ultrapassou a marca dos 300 mil sistemas de energia solar distribuída.
Os micro e minigeradores conectados à rede elétrica, com potência de até 5 megawatts, somam mais de 3,6 Gigawatts de capacidade em todo o país.
Somente nos últimos 12 meses, foram cerca de 162 mil novas conexões, um crescimento de 130% em relação ao último ano.
Iniciado em 2012 com a publicação das regras da Aneel, o segmento de geração distribuída cresce a cada ano mais no Brasil impulsionado pelas placas solares.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os investimentos na tecnologia somam mais de R$18,2 bilhões desde 2012.
Na distribuição entre as classes de consumo, os sistemas residenciais seguem na liderança com cerca de 72,5% do total de sistemas instalados.
A economia de até 95% nas pesadas contas de luz e a proteção contra a constante inflação energética são as vantagens que atraem esses consumidores.
Com 17,6%, o segmento comercial fica em segundo no número de conexões, mas lidera em potência instalada devido ao maior porte dos projetos.
Em terceiro lugar estão os geradores rurais, com 6,9%, segmento que mais cresceu nos últimos anos devido às vantagens e linhas de financiamento exclusivas.
Indústrias (2,6%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%), completam o cenário da solar distribuída no Brasil.
Graças às modalidade de geração distribuída adicionadas pela Aneel em 2015, que permitiram a outras unidades se beneficiarem do sistema de créditos energéticos, os mais de 300 mil sistemas geram economia para mais de 374 mil unidades consumidoras do país.
Mas, embora cresça a passos largos desde a sua criação, o setor de energia solar distribuída ainda é incipiente no Brasil.
Dos mais de 84 milhões de consumidores de energia elétrica espalhados pelo país, apenas 0,4% faz uso da luz do sol para produzir a sua própria eletricidade.
Um cenário que segue evoluindo no país conforme aumenta a oferta de crédito para aquisição dos sistemas e os preços da tecnologia ficam mais acessíveis.
Segundo o Plano Nacional de Energia 2050, apresentado em julho deste ano pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a capacidade solar distribuída deve atingir entre 28 GW e 50 GW até 2050.