Quarta maior distribuidora de energia do Brasil, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais S.A.) anunciou que irá realizar seu próprio leilão para compra de energia através de projetos de usinas solares e eólicas.
Agendado para o próximo dia 16 de maio, o leilão irá permitir a participação dos projetos habilitados no último leilão A-4, realizado pelo governo federal no início do mês, exclusivos das fontes solar e eólica e com instalações nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
Eventuais antecipações dos projetos poderão ser negociadas entre as partes, e mesmo usinas que venderam parte da produção no leilão A-4 poderão entrar na concorrência.
Embora a empresa não tenha mencionado a quantidade de energia que será contratada no leilão, sabe-se que os projetos vencedores contarão com prazo de fornecimento de 20 anos, com início de entrega a partir de 2022.
Segundo porta-voz da empresa, entretanto, caso os preços da energia ficarem no patamar daqueles registrados no último leilão, o volume a ser contratado poderá ser expressivo.
Essa energia será vendida pela Cemig dentro de mercado livre de energia, no qual geradores e comercializadoras de energia negociam contratos entre si ou diretamente com grandes clientes, como indústrias e shoppings centers.
O leilão visa principalmente fornecer à empresa brasileira a capacidade de geração de energia que perdeu recentemente, com o término das concessões de quatro usinas hidrelétricas.
Foram elas a de São Simão (1,7 GW), Miranda (404 MW), Jaguara ( 424 MW) e Volta Grande (380), anteriormente administrados pela CEMIG e que, desde setembro de 2017, tiveram suas concessões passadas para grandes empresas como a Enel (Italiana), Engie (Francesa), e a State Power Investment Corporation (Chinesa).
Reunidas em conjunto, todas essas usinas hidrelétricas representavam mais de 30% dos ativos de geração de energia da empresa.
A CEMIG fornece energia em 22 estados brasileiros e também no Chile. O estado de Minas Gerais tem uma participação de mais de 50% na empresa.