Instalar um sistema de energia solar em casa é uma solução que está mais barata e rentável para os brasileiros, segundo o resultado da última pesquisa de mercado da empresa Greener.
Lançada no final de julho, a pesquisa revela o cenário do setor de geração solar distribuída no país durante o primeiro semestre de 2020.
Os dados, obtidos de 2.104 empresas do segmento em todo o país, mostram que os preços de sistemas residenciais de menor porte tiveram ligeira redução no custo final.
A queda foi resultado de uma contenção nos preços de serviços de instalação, que ficaram até 18% mais barato no país.
Segundo a Greener, isso provavelmente se deve a uma redução das margens de lucro das empresas do segmento para compensar a alta do dólar.
Com o disparo da moeda durante a crise, os equipamentos do kit solar, na sua maioria importados, tiveram 9% de aumento no preço médio, conforme revelou o estudo.
Embora a pandemia tenha desacelerado a queda nos preços da tecnologia, a pesquisa mostra que, desde 2017, os equipamentos para sistemas residenciais ficaram 50,45% mais baratos.
Outro dado positivo revelado pelo estudo da Greener foi a diminuição no prazo de retorno do investimento para sistemas residenciais.
De acordo com a pesquisa, o chamado payback de um sistema fotovoltaico para residência caiu em média 4,6% em relação ao último levantamento.
Nos três estados líderes em número de sistemas e potência instalados, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, a redução foi de 2,9%, 3,6% e 6,1%, respectivamente.
O motivo é a constante inflação no preço da energia no Brasil, que aumenta a economia mensal gerada pelo sistema na conta de luz e diminui o tempo para o cliente amortizar o investimento.
Realizada anualmente, a primeira pesquisa da Greener deste ano mostra os impactos da pandemia sobre o mercado brasileiro de energia solar distribuída.
Os meses de abril e maio foram os piores para as empresas, que registraram queda nas vendas devido às incertezas e restrições impostas, assim como uma menor disponibilidade de crédito para o cliente.
No entanto, os números já mostram sinais de uma retomada do mercado e quase 90% dos entrevistados afirmaram estar “Confiante” ou “Muito Confiante” para o restante de 2020.
De acordo com os últimos dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil possui mais de 3,2 GW de capacidade solar distribuída instalada.
Um cenário que segue evoluindo no país conforme aumenta a oferta de crédito para aquisição dos sistemas e os preços da tecnologia ficam mais acessíveis.
Segundo o Plano Nacional de Energia 2050, apresentado em julho pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a capacidade solar distribuída deve atingir entre 28 GW e 50 GW até 2050.