A procura dos consumidores pela energia solar no Brasil em 2019 trouxe outro ano de crescimento acima dos 100% para o segmento de geração distribuída (GD).
De acordo com os dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o país registrava 71.090 conexões até o dia 31 de outubro, mais que o dobro do volume instalado em 2018.
Este é o sétimo ano consecutivo de crescimento para a GD no país e o sétimo desde a sua criação em 2012, quando a Aneel promulgou a sua Resolução Normativa 482.
Semelhantemente, o crescimento em 2019 viu novamente um maior número de instalações residenciais, que somam mais de 70% das conexões no ano.
Sistemas comerciais são o segundo em número, com 18% do total, mas em potência instalada ficaram bem próximos da geração por placas solares residenciais.
O segmento rural, por sua vez, registrou um dos maiores crescimentos em relação a 2018, que ficou acima dos 103%.
Se entre os segmentos de mercado o crescimento da GD foi balanceado, nas tecnologias de geração a fotovoltaica dominou mais uma vez.
Os sistemas fotovoltaicos responderam por 99,89% de todos os geradores distribuídos conectados à rede no país.
A maior oferta de geração da fonte solar, somada a queda de preços da tecnologia e as linhas de financiamentos exclusivas foram novamente as causas dessa preferência dos consumidores.
No total acumulado, o segmento de GD já registra mais de 1,6 Gigawatts (GW) de capacidade e 129 mil geradores distribuídos em todas as regiões do país.
Segundo as estimativas da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), foram R$5,2 bilhões investidos no segmento brasileiro somente em energia solar.
O mercado também impulsiona a geração de empregos no país, sendo mais de 10 mil empresas de energia solar e 15 mil empregos gerados somente este ano.
Segundo as últimas projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o futuro é promissor para a GD, com 1,35 milhão de brasileiros gerando sua energia até 2027.