Se você chegou até aqui, provavelmente já sabe da oportunidade que existe no mercado de energia solar fotovoltaica, brasileiro e mundial.
Somente no Brasil, foram cerca de 305% de crescimento setorial em pleno ano de 2015, e em meio à maior crise política e econômica na história de nosso país.
Em 2016 o setor também cresceu mais de 300% no Brasil!
No mundo, a energia solar fotovoltaica cresceu mais de 100 vezes desde os anos 2000, provando ser uma tecnologia de crescimento exponencial e de grande disrupção para o segmento de geração de energia elétrica mundial.
Isso é uma excelente notícia para o mercado de energia solar fotovoltaica, e uma grande surpresa, pois mesmos os mais otimistas não esperavam tamanho crescimento quando começaram a incentivar o uso da tecnologia solar nos anos 90 e 2000, como forma de substituir fontes fósseis de geração de energia elétrica e combater o maior desafio atual da humanidade: o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Recentemente o autor do livro “Uma Verdade Inconveniente”, e também ganhador do prêmio Nobel da Paz, o americano Al Gore, fez uma palestra para o site de compartilhamento de inovações e ideias TED, intitulada “Caso de otimismo nas mudanças climáticas“, citando o fato de que, até o ano de 2015, teríamos superado em 68 vezes as estimativas mais otimistas de crescimento da fonte solar como forma de geração de energia elétrica. Imagine só, você errar para cima em 68 vezes?
Essa é a realidade da fonte solar – que está apenas começando sua incrível jornada de crescimento no mundo – e está em um estágio ainda mais prematuro em nosso país.
Como a energia elétrica é um dos insumos mais básicos e necessários para as sociedades modernas, a mudança massiva das fontes de geração de energia elétrica sujas para fontes limpas e renováveis representam a maior oportunidade econômica e de negócios no mundo atualmente.
O tamanho do mercado, no ano de 2014, foi de 391 bilhões de dólares, de acordo com o Banco Mundial e como visto na apresentação de Gore. Ou seja, isso é equivalente ao PIB de países inteiros como Áustria, Noruega e Israel, que analogamente estariam crescendo mais de 40% ao ano. Fantástico, não é?
O primeiro passo do empreendedor e profissional solar
Conhecer e acreditar nos fundamentos do setor de energia solar é o primeiro passo para o empreendedor ou profissional que quer estabelecer um negócio na área, ou ainda, firmar-se como um especialista desse segmento.
Portanto, irei oferecer os fundamentos mais importantes que você precisa dominar para sentir-se convencido e ser capaz de convencer outras pessoas acerca dessa maravilhosa tecnologia.
É muito comum termos alunos e participantes dos nossos programas de formação empresarial e técnica em energia solar com muitas ressalvas e receios sobre o crescimento de seus futuros negócios. Essa insegurança reflete o próprio discurso feito a potenciais clientes, restringindo assim sua atuação e levantando ceticismo e objeções por parte destes.
Considero que, os profissionais e empreendedores que falam sobre energia solar com entusiasmo, propriedade, segurança e confiança, acabam tendo estas características como diferenciais marcantes e determinantes em sua trajetória de sucesso.
Uma breve história da energia solar fotovoltaica
Já não é de hoje que os grandes gênios vêm nos alertando e nos atentando ao potencial do sol. Além de Albert Einstein, que ganhou o seu Prêmio Nobel quando descobriu o efeito fotoelétrico em 1921, Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica e de tantas outras maravilhas tecnológicas, e também um dos maiores empresários e empreendedores de todos os tempos, disse: – “colocaria meu dinheiro no sol e na energia solar. Que fonte maravilhosa de energia. Eu espero não termos de esperar até que o petróleo e o carvão se acabem para podermos tomar vantagem dessa fonte.”
“Colocaria meu dinheiro no sol e na energia solar. Que fonte maravilhosa de energia. Eu espero não termos de esperar até que o petróleo e o carvão se acabem para podermos tomar vantagem dessa fonte.” THOMAS EDISON, inventor da lâmpada elétrica e fundador da General Electrics. |
Foi em 1956 que a tecnologia fotovoltaica atingiu um amadurecimento que permitiu a sua produção em escala industrial, para ser aplicada nas áreas de telecomunicação e em locais remotos. A corrida espacial também impulsionou a tecnologia, que até hoje é amplamente utilizada em satélites.
Mais recentemente, nos anos 90 e 2000, por conta de políticas de incentivos em diversos países, a tecnologia começou a ser aplicada em casas, empresas e em usinas solares, começando a ganhar grande escala mundial por conta do número de consumidores que podem fazer uso dela.
Mas foi após o ano 2000 que a tecnologia realmente explodiu mundialmente, crescendo mais de 196 vezes em apenas 16 anos. Entre 2008 e 2013, a tecnologia cresceu mais de 50% ao ano, e as previsões de crescimento continuam muito altas.
Os custos dos sistemas solares continuam a despencar e linhas de financiamento fotovoltaicas, além de modelos de negócios inovadores, fazem também com que cada vez mais pessoas tenham acesso à tecnologia.
Avanço Europeu da fonte solar
A Alemanha foi o país pioneiro e que realmente puxou o crescimento da tecnologia solar entre os anos de 2004 e 2010, oferecendo subsídios aos consumidores de energia elétrica que instalassem sistemas em suas casas, empresas, propriedades rurais e indústrias.
A tarifa feed-in (FIT), como ficou conhecida a política de incentivo da fonte nesse país, significa que existia um valor premium para cada kWh (quilowatt-hora) injetado nas redes das distribuidoras locais por parte dos consumidores. Entraremos em mais detalhes sobre os tipos de políticas regulatórias de apoio e incentivo mais à frente.
Diversos outros modelos de políticas e apoio a energia solar surgiram pela Europa após o sucesso do crescimento do mercado na Alemanha. Países como Espanha, Itália, França, e agora mais recentemente Reino Unido, criaram suas próprias políticas, experimentando um rápido crescimento também.
Mas, em meio à crise econômica que se iniciou em 2008 e que ainda se arrasta pela Europa, as políticas de subsídios foram cortadas tão rápido quanto foram criadas, e os crescimentos repentinos de certos mercados não se sustentaram, criando um ambiente, regulatório e de mercado, instável e volátil, como podemos ver acima.
Estabelecendo os maiores mercados mundiais
O pico do mercado europeu foi em 2011, quando atingiu uma capacidade instalada anual 22.5 GW, e a partir daí começou a declinar até 2015, quando estabilizou e voltou a crescer.
Porém, outros países de economia avançada assumiram as lideranças de crescimento nesse espaço de tempo e tornarem-se os maiores e mais influentes participantes de mercado. De 2012 em diante, observamos um crescimento muito notável, principalmente de países como Estados Unidos, Japão e China.
Somente a China instalou, no ano de 2016, cerca de 26,4 GW, ou seja, 17% a mais do que a Europa inteira em seu melhor ano e quase o dobro do segundo colocado no ranking.
Os Estados Unidos e Japão seguem como segundo e terceiro maiores mercados, respectivamente, com 14.5 GW e 10.2 GW no ano de 2016.
Com a retomada do crescimento modesto no mercado Europeu, e com esses três líderes disparando em potência instalada em seus respectivos mercados, o ano de 2016 apresentou um dos maiores índices de crescimento anual, perto dos 43% no mercado global.
A expectativa é que esse número extraordinário de 43% de crescimento não se sustente e possamos observar um ajuste de 10% de queda em 2017, para que o mercado volte a crescer de forma mais sustentada em 2018, rumo a 105 GW de potência instalada para 2021.
Mercado de energia solar fotovoltaica: o futuro está nos países emergentes
Não sei se você reparou no gráfico acima, mas o Brasil já pode figurar entre os 20 maiores mercados do mundo em 2016, o que seria um grande avanço, tendo em vista que a 2 ou 3 anos atrás tínhamos perto de nada, se comparássemos a adoção dos sistemas de energia solar com os números de outros países mais avançados.
Por conta da queda dos custos nos equipamentos de energia solar, e também do alto preço de energia em países menos desenvolvidos, a matemática financeira por trás dos sistemas conectados à rede é muito positiva e promissora para países como Brasil, Índia, México, Filipinas, África do Sul, Chile, Tailândia e até mesmo Argentina, que devem, junto com os líderes de mercado, puxar o crescimento entre 2016 e 2021:
A introdução da Resolução Normativa Nº 482, e sua revisão muito positiva em 2016 através da Resolução Nº 687, por parte da ANEEL, abriram ao Brasil as portas do crescimento solar, prevendo a possibilidade de criação de milhares de empresas no setor e milhões de empregos nas próximas décadas, contribuindo assim para o desenvolvimento do mercado de energia solar fotovoltaica.
Para uma tecnologia que era desconhecida para a grande maioria dos Brasileiros em 2011, o mercado de energia solar fotovoltaica tem sido visto como uma das grandes oportunidades de empreendedorismo e geração de empregos, surpreendendo a todos com o seu enorme potencial de fazer com que milhões de brasileiros economizem muito dinheiro a partir da geração própria de energia elétrica.
Essa foi a primeira parte do Guia Definitivo sobre Empreendedorismo Solar no Brasil, onde abordamos um pouco sobre a história da energia solar, bem como os resultados e projeções para o futuro. Gostou do conteúdo? Fique atento, pois a continuação desse guia sairá em breve.
Sócio Diretor – Blue Sol Energia Solar