Com Participação Discreta da Solar, Leilão De Energia Em Roraima Contrata 293,8 Megawatts

Na última sexta-feira, dia 31 de maio, foi realizado na sede da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), em São Paulo, o 1º Leilão do Sistema Isolado – Boa Vista para a contratação de usinas elétricas para o estado de Roraima.

Os 156 projetos participantes concorriam em duas categorias diferentes, cada uma com prazos específicos de fornecimento, sendo 15 anos para usinas movidas a fontes de energia renováveis e gás natural, e 7 anos para as demais fontes.

Entre os 9 projetos fechados no certame, que juntos somam uma potência de geração de 293,8 megawatts (MW), dois deles envolvem o uso combinado da energia solar com a co-geração por biocombustível.

Tal participação discreta da solar, que vem abocanhando mais projetos nos leilões de energia do governo a cada ano, se dá por conta da sua geração intermitente, o que no caso de Roraima se torna um problema logístico por ser o único estado fora do Sistema Interligado Nacional (SIN).

As demais usinas contratadas proverão energia através da queima de resíduos de madeira, biomassa e gás natural, além de uma nova termelétrica a diesel, todas com prazo de início de fornecimento para 28 de junho de 2021.

E é no Diesel que toda a geração elétrica de Roraima se sustenta desde março deste ano, quando a Venezuela, que supria 50% da sua energia, cortou as ligações com o país, forçando o estado a ativar todas suas termelétricas.

Além da instabilidade no fornecimento de energia em Roraima, que já sofreu 45 interrupções este ano, isso elevou os preços da energia para todos os brasileiros, que custeiam esses geradores por meio de tarifa embutida na conta de luz, sem falar na poluição para o meio ambiente.

Agora, com esses novos empreendimentos que somam R$1,62 bilhão, o governo visa trazer mais segurança energética a Roraima e espera uma redução de 35% no preço da energia, segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.