Tesla Começa a Entregar Seu Prometido Futuro Energético Revolucionário

Após uma longa espera de mais de um ano, a empresa Tesla, encabeçada pelo visionário Elon Musk, começou a entregar nas últimas semanas as tecnologias que havia anunciado e que faltavam para alcançar seus planos de um futuro sustentável e de independência energética para os consumidores.

Musk havia anunciado esses planos em julho do ano passado e tinha sido claro ao afirmar que, para evitar um colapso da nossa sociedade, é necessário que deixemos de lado a nossa dependência por combustíveis fósseis, os quais, além de poluentes, também possuem reservas limitadas que irão, eventualmente, se esgotar.

Para alcançar isso, a empresa, que tinha acabado de adquirir a montadora de painéis solares, SolarCity, pretendia reunir uma trindade de tecnologias: seus veículos elétricos (através de um modelo popular); as suas baterias de armazenamento, a Powerwall; e painéis fotovoltaicos que se integrassem de forma natural as construções, os quais seriam anunciados no fim de 2016, as telhas solares.

Carro Elétrico Pop

A primeira das tecnologias a ser entregue foi o prometido veículo elétrico popular da empresa, o Modelo 3, anunciado em março de 2016 e que causou um hype nunca antes visto por um carro elétrico, atingindo impressionantes 500 mil pré-pedidos.

No entanto, a empresa está enfrentando demora para atender essa demanda e, na festa de lançamento realizada no último dia 28 de julho, Musk entregou apenas as primeiras 30 unidades do carro sedã, adquirias por consumidores em abril do ano passado. Musk anunciou que outras 20 unidades foram entregues a funcionários da empresa e servirão para avaliações de engenharia.

Para quem encomendou a sua unidade do Modelo 3 nas últimas semanas, deverá recebê-lo somente em 2018. Essa demora na entrega dos veículos tem causado perdas para a Tesla, a qual registrou uma queda no volume das encomendas, com 63 mil pedidos cancelados.

Para corrigir isso, a empresa pretende aumentar o volume de produção do Modelo 3 para 5 mil unidades por semana até o fim de 2017, e dobrar essa quantia em 2018. A empresa também anunciou a expansão da sua linha de carregadores espalhados pelo país, visando atender esse novo volume de carros elétricos rodando as ruas e estradas.

O Modelo 3 básico possui autonomia de 350 km e vai de 0 a 100 em 5,6 s, e custa, nos EUA, US$35 mil, porém, o consumidor é apresentado a vários itens opcionais para escolha, como o famoso piloto automático da marca, melhor acabamento e até maior autonomia e aceleração que, somados, elevam o valor para US$59.500, 70% acima do valor base.

Apesar de tudo, o entusiasmo com esse lançamento é grande e, segundo analistas de mercado, a Tesla poderá alcançar com o lançamento do seu Modelo 3 o que a Apple conseguiu com o lançamento do seu primeiro iPhone.

Tetos Solares

As revolucionárias telhas solares da empresa também já tiveram as suas primeiras unidades instaladas, porém em fase de teste e tendo ficado restritas às casas de funcionários da empresa, entre elas a do próprio Musk.

“Nós escolhemos (nossos funcionários) para serem os primeiros consumidores, para ajudar a aperfeiçoar todos os aspectos da experiência de consumo das telhas solares”, disse a empresa em carta aos seus acionistas.

As telhas usadas nessas instalações foram fabricadas na fábrica piloto da Tesla, instalada na cidade de Fremont, na Califórnia, uma vez que a sua Gigafactory 2, instalada na cidade de Buffalo, Estado de Nova Iorque, onde serão fabricadas as telhas em larga escala, ainda não está completa.

Segundo Musk, as telhas solares ainda precisam de ajustes antes de chegar ao público. “É um desafio técnico muito grande de acertar isso, de definir os custos corretamente, de alinhar o processo de instalação”, disse ele.

No entanto, a empresa já mira outros mercados que não o americano para lançar esse seu novo produto. Em participação recente em um dos eventos mais importantes sobre fotovoltaica no Japão, a Tesla apresentou suas telhas solares e suas baterias Powerwall, ambas mais baratas do que os equipamentos comercializados no país.

A empresa planeja vender e instalar os produtos no mercado japonês, embora ainda não tenha anunciado uma data para que isso ocorra. Além disso, caso siga com seus planos, a empresa irá enfrentar as barreiras tributárias do país que desestimulam a adoção dessas tecnologias pelos consumidores.

Fonte de Informação: Exame – Site     G1 – Site   Tecmundo – Site