44% das Usinas Solares Contratadas nos Leilões de Energia Já Operam No Brasil, Capacidade é de 2,2 GW

44% dos 4,92 Gigawatts de capacidade solar contratados pelo governo brasileiro por meio dos cinco leilões de energia, entre 2014 e 2018, estão conectados à rede, de acordo com o estudo recente da empresa de consultoria Greener.

O estudo também relata que do total de 4,92 GW, cerca de 290,5 MW foram descontratados pelo governo através de um leilão dedicado em agosto de 2017; outros 109,1 MW não têm probabilidade de serem conectados; e 36,1 MW têm uma baixa probabilidade de ver a luz do dia.

A Greener estima que outros 1.361,3 MW de projetos solares de grande escala sem contratos de demanda ou fornecedores tenham uma probabilidade média de serem concluídos, e os restantes 3,23 GW são representados por projetos finalizados com o que diz ser uma alta probabilidade de atingir a conclusão.

O certame de licitação mais bem sucedido foi o primeiro, realizado em 2015, que contou com toda a sua capacidade contratada em operação, testes ou em construção. Um segundo leilão realizado no mesmo ano resultou em 97% da capacidade contratada atingindo o mesmo estágio.

O relatório estima que outros 866 MW de projetos contratados e em construção tenham uma boa chance de se tornarem operacional este ano, com mais 163,8 MW em média probabilidade de alcançar a fruição.

Dos 90 projetos de energia solar contratados nos cinco leilões, 56 estão sendo financiados pelos bancos públicos de desenvolvimento BNB e BNDES, que só apoiam projetos que dependem de componentes fabricados localmente.

Sete outros projetos estão sendo apoiados por financiamento internacional privado e os outros 27 projetos estão sendo desenvolvidos com equidade.

No entanto, dos 3.235,6 MW de capacidade de usinas solares em operação, teste ou em construção, apenas 725,8 MW são construídos com módulos produzidos no Brasil.

Cerca de 2.475,7 MW dependem de módulos importados, com outros 34,2 MW desenvolvidos com painéis de uma fonte não especificada.

“Como os custos são de 35% a 50% maiores do que [com] os módulos importados, os projetos de PV usando módulos locais exigem [as] condições favoráveis ​​de financiamento fornecidas pelos bancos de desenvolvimento”, afirmam os autores do relatório.