Com preços mais baixos do que qualquer outra tecnologia, a solar fotovoltaica dominou o último leilão de energia Reserva A-4 (LEN A-4) e foi contratada para 20 dos 25 projetos de usinas elétricas que devem entrar em operação e começar a fornecer energia até o início de 2021.
Ao todo, serão novos 574 megawatts (MW) de energia limpa gerada pelo sol e que irão trazer não só essa sustentabilidade, como também um alívio para o desidratado sistema elétrico brasileiro e seus consumidores que sofrem com a inflação energética.
Contudo, outro grande benefício que esses projetos trarão para a população brasileira, e que merece ser destacado, é a geração de empregos, diretos e indiretos, e renda que essas gigantescas obras demandam para saírem do papel.
Segundo estimativa oficial do setor solar, para cada novo MW de energia solar instalada, cerca de 20 a 30 novos postos de trabalho são criados; fazendo a conta simples, essas usinas irão gerar entre 11 mil a 17 mil empregos antes mesmo de começar a gerar energia limpa.
Entre os tipos de profissionais que são necessários para esses projetos, estão os projetistas, técnicos elétricos e instaladores, exigindo níveis de graduação que vão da engenharia a técnica.
Cursos de capacitação são o passo inicial para os interessados nessas oportunidades, requisito básico para se trabalhar com a tecnologia fotovoltaica.
Quase a totalidade, ou 86%, dessas novas usinas serão construídas na região Nordeste do Brasil, visto a maior disponibilidade de radiação solar que aumenta o potencial de geração elétrica dos projetos. Sudeste completa o pacote, recebendo projetos com 75 MW (megawatt).
Fora estes projetos de geração centralizada, os consumidores que passam a produzir sua própria energia também estão ajudando para a geração de empregos de qualidade no Brasil.
Somente neste ano, foram cerca de 10 mil novos sistemas instalados em todo o país que, embora possuam escala bem menor, ainda demandam profissionais para o dimensionamento, elaboração e instalação dos sistemas de micro e minigeração.
Quando colocado em perspectiva, para chegar dos atuais 18 mil “prosumidores” até os mais de 886 mil estimados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) até o fim de 2024, serão novos milhares de empregos gerados pela solar.